" O homem, quando jovem, é só, apesar de suas múltiplas experiências.Ele pretende,nessa época,conformar a realidade com suas mãos,servindo-se dela,pois acredita que,ganhando o mundo conseguirá ganhar-se a si próprio.Acontece, entretanto, que nascemos para o encontro com outro,e não o seu domínio.Encontra-lo é perdê-lo e ama-lo na sua litérrima existência,é respeitá-lo e ama-lo na sua total gratuita inutilidade.
O começo da sabedoria é perceber que temos e teremos as mãos vazias,na medida que tenhamos ganho ou pretendamos ganhar o mundo.Neste momento, a solidão nos atravessa como um dardo. E é meio dia em nossa vida, e a face do outro nos contempla como um enigma.Feliz daquele que, ao meio dia,se percebe em plena treva,pobre e nu.Este é o preço do encontro com o outro.A construção de tal possibilidade passa a ser,desde então,o trabalho do homem que merece seu nome."
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
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